Projeto artístico Pintura + Video produzido em parceria com Gustavo Amaral na Rua Dr. Cesário Mota Júnior, Consolação, São Paulo.
NEO-muralismo, DA AMÉRICA LATINA PARA EUROPA
A presente exposição é o resultado de um mês inteiro de atividade artística, repleta de trocas, encontros e colaborações. Ela também oferece uma vida passada a este edifício, que será destruído no início de 2015, a fim de fazer um importante projeto imobiliário que vai mudar completamente a forma do município.
Segue o link do projeto >>> www.villaocupada.com
Villa Ocupada, Nantes (França)
Durante o mês de junho, vinte artistas da América Latina e Europa, herdeiros diretos do muralismo ou influenciados por sua estética, vai investir na construção do Mutalité (alta lugar na história social da cidade, dedicado à destruição, em 2015).
Pinturas, grafites, instalações, desenhos … Do chão ao teto, eles vão criar a Villa Ocupada,
um grande espaço temporário de exposição, aberta neste mundo narrativo, a janela ingênuo e sensível.
Estaremos lá mandando brasa!
Mais informações acesse o website do projeto villaocupada.com
Olá Gente! Saca só, a primeira parada da nossa exposição itinerante Derlon, Ouro Branco: uma mostra de lambe-lambes gigantes com fotos da minha intervenção artística nas comunidades de Tauá, Quixeramobim, e Choró no sertão do Ceará, aonde a VERT compra algodão agro-ecológico, será em São Paulo neste próximo sábado, dia 10 de maio em prédios ao redor da Praça Benedito Calixto.
Junto a abertura da exposição a marca VERT lança sua linha de produtos desenvolvidos para a nova coleção em colaboração comigo.
Aos amigos paulistas, admiradores do meu trabalho e todos aqueles que nessa cidade megalópole vive, convido para visitar nossa exposição que fica em cartaz até dia 10 de junho.
[Coleção Derlon + Vert]
Depois seguiremos para Recife (lançamento da coleção), Rio de Janeiro e Paris (exposição e lançamento da coleção)!
Continuando a repercussão sobre a nossa residência artística no sertão do Ceará, a amiga jornalista Fabiana Moraes, que nos acompanhou por lá, fez uma matéria super bacana sobre nossas intervenções na comunidade.
Segue a matéria:
Márcia e Maria em uma das mais antigas casas de Riacho do Meio: na intervenção, o sonho do lar dá o mote
Fabiana Moraes/Especial para o JC
Luiz Barbosa, 89 anos, vive desde que nasceu em Choró, sertão central do Ceará. Passo curto, camisa azul celeste e chapéu, ele observa um grupo conversando em frente a um grafite. Ouvem-se comentários em português, francês, alemão e inglês, a maioria deles sobre os homens e as mulheres impressos em tinta preta pelo artista pernambucano Derlon em uma das paredes externas da Associação Comunitária dos Agricultores e Agricultoras Familiares de Riacho do Meio, distrito do município. Seu Luiz é um desses personagens: sobre a sua cabeça, vemos desenhada uma casa que simboliza um antigo sonho daquela comunidade de agricultores: ter terra para plantar e casa para morar. Foi a partir desse desejo maior que Derlon realizou uma residência artística cujo resultado foram 12 intervenções em Riacho do Meio, Tauá e Quixeramobim. Textos coletivos produzidos pelos moradores serviram de base para o trabalho que vai reverberar na exposição Ouro branco, a circular nas cidades de São Paulo, Paris, Londres, Rio de Janeiro e Recife.
“É a primeira vez que realizo um trabalho nesta proporção”, diz Derlon, que passou a última semana de março entre as três comunidades. Segundo ele, os textos realizados pelos agricultores e agricultoras foi fundamental para interpretar a vida cotidiana dali. Mais ainda: essa literatura coletiva e pessoal, passada para os esboços, foi novamente retraduzida no momento em que a vida daquela população foi levada para as paredes. “Mudei vários desenhos a partir do que as pessoas daqui iam sugerindo, comentando.” Um exemplo é exatamente o grafite que traz parte da família de Luiz Barbosa: inicialmente, Derlon pensou em registrar um caminhão, mas os moradores do distrito viram nesse desenho uma ideia de deslocamento que não condizia mais com a realidade de agora. De fato, as quatro últimas décadas são de mudanças, algumas mais céleres que outras, naquela região: as terras foram distribuídas entre os moradores depois que o dono das fazendas nos quais eles trabalharam (duramente) foi pego sonegando imposto. Naquele momento, tinham que entregar metade do que plantavam para o dono da terra. E só podiam vender a própria produção para o mesmo.
Outra mudança foi a forma de plantar: na cultura do algodão, a maior do local, o uso de agrotóxicos virou passado. Agora, todo processo é orgânico. Toda produção é comprada pela marca de tênis franco-brasileira Vert, que também adquire borracha vinda do Acre (ambos são usados na confecção dos sapatos). Entrando recentemente no mercado local, a empresa convidou Derlon para ser o fio condutor do projeto Ouro Branco, que está sendo fotografado pelo argentino Pablo Saborido e documentado pelo cineasta Gonçalo Savino. O desenho de alto contraste do pernambucano também será usado na estampa de uma coleção (tênis, mochila e outros acessórios) a ser lançada para o inverno. Lidando diretamente com associações, a empresa diminui drasticamente os intermediários, o que resulta no aumento do pagamento dos agricultores. De acordo com os criadores da empresa, Sébastien Kopp e François-Ghislain Morillion, o valor pago pela pluma de algodão foi 65% maior que o praticado no mercado ano passado (plantadores receberam R$ 7,39 pelo quilo). Setecentas famílias estão envolvidas no plantio.
Em Riacho do Meio, um dos destaques das intervenções é a igrejinha da Sagrada Família, ao lado da associação. Ali, uma Nossa Senhora das Graças, o Divino Espírito Santo e o trio formado por José, Maria e Jesus dão beleza à fachada. Há também, na casa das sementes, um belo painel onde vemos um homem deitado, a expressão feliz, segurando uma árvore que cresce em suas mãos. O resultado da intervenção – todo o processo, a relação dos moradores com as imagens, a vida cotidiana local – será visto na exposição que aportará também na capital pernambucana, quando a coleção for lançada, em maio (ainda sem data marcada). As imagens serão exibidas no jardim da loja Avesso, nas Graças.
Bom né?!
Segue o link da materia: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/artes-plasticas/noticia/2014/04/01/derlon-transforma-desejos-em-desenhos-123383.php
Pessoal, A Revista Wide, que é uma revista digital sobre design, tecnologia, marketing, e-commerce, tendências nacionais e internacionais, já considerada uma das revistas com maior resultado em seu segmento, acabou de publicar uma matéria sobre o meu trabalho. A entrevista, feito pelo jornalista Tiago Bosco, focou mais no assunto sobre o prédio de 10 andares que pintei na cidade de Amsterdã HOL em junho de 2012, mas que até hoje vem dando muitos resultados positivos.
Segue o link para ler a matéria, é só clicar abaixo.
“Um sertão contemporâneo, mas ainda gonzaguiano até as raízes bem-fincadas dos mandacarus, pauta a construção do espaço geográfico-afetivo do museu e centro cultural Cais do Sertão Luiz Gonzaga. Longe dos clichês do solo rachado e das casas de taipa (imagens que se eternizam na mente dos brasileiros como referências primárias, e até únicas, do Sertão nordestino), o equipamento trabalha o universo sertanejo de diversas maneiras e em suas múltiplas faces – sonora, paisagística, gestual, estrangeira, religiosa e cotidiana.
Para isso, profissionais renomados foram contratados com a missão de criar produtos tecnológicos e artísticos para o museu. Estão neste time os cineastas pernambucanos Paulo Caldas, Kleber Mendonça Filho e Camilo Cavalcante, o músico Siba, o xilogravurista J. Borges, e os artistas plásticos Derlon e Luiz Hermano.” (via Jornal do Commercio)
“Um dos mais modernos equipamentos culturais do País, o Cais do Sertão retoma a antiga profecia de Antônio Conselheiro. Em um espaço de 7.500 metros quadrados, no local do antigo Armazém 10 do Porto do Recife, arte, cultura e tecnologia se unem em um projeto inovador. Utilizando recursos expositivos e tecnológicos de última geração, o Cais do Sertão convida o visitante a vivenciar uma experiência de imersão no universo do sertão nordestino e a se surpreender com sua riqueza, diversidade e complexidade.” (via site Cais do Sertão)
Em fim, acabei de concluir a minha participação finalizando uma pintura mural de 14 metros dentro do museu. Segue as fotos do processo pelas lentes da fotógrafa Alexandra Dias.
[Em breve publicarei fotografia da obra completa, finalizada, por enquanto vai segurando a curiosidade]
Gente, nessa última semana o Brasil assistiu a perca de um artista incrível, nosso querido Reginaldo Rossi. Um músico super talentoso nascido no Recife. E eu como um bom recifense, cresci ouvindo suas músicas. Desde pequeno, tanto na casa da minha família quanto nos vizinhos, o Rei bombava. Suas músicas faziam parte do nosso cotidiano, agradava a todos, ricos e pobres, independente dos gostos musicais. Não era só o Rei do Brega, como a impressa desejava rotular, mas o Rei do Povo! Ou o Rei do borogodá (refrão de uma de suas músicas que mais adoro, Deixa de Banca).
E nesse momento de luto, não poderia deixar passar sem prestar a minha homenagem ao ReiGinaldo Rossi.
[e pra matar a tristeza, “nem” mesa de bar]