Projeto artístico Pintura + Video produzido em parceria com Gustavo Amaral na Rua Dr. Cesário Mota Júnior, Consolação, São Paulo.
Villa Ocupada, Nantes (França)
Durante o mês de junho, vinte artistas da América Latina e Europa, herdeiros diretos do muralismo ou influenciados por sua estética, vai investir na construção do Mutalité (alta lugar na história social da cidade, dedicado à destruição, em 2015).
Pinturas, grafites, instalações, desenhos … Do chão ao teto, eles vão criar a Villa Ocupada,
um grande espaço temporário de exposição, aberta neste mundo narrativo, a janela ingênuo e sensível.
Estaremos lá mandando brasa!
Mais informações acesse o website do projeto villaocupada.com
Depois de passar em São Paulo e já com abertura marcada para Paris, a exposição Ouro Branco, do artista pernambucano Derlon, chega ao Rio com exclusividade pela Artur Fidalgo galeria. Com curadoria do francês Paul Duboc e registros fotográficos do argentino Pablo Saborido, o artista apresenta o resultado de sua residência no interior do sertão cearense em março deste ano, com convite e apoio da marca francesa VERT.
DERLON | Ouro Branco
Na sala principal da galeria, o público se depara com uma imagem em tamanho real da fachada de uma das casas localizadas no município de Choró, no sertão central cearense. O retrato da família que mora naquela casa está pintado na parede externa, imitando as xilogravuras típicas de literatura de cordel. Só que aqui os folhetos dessa história são os próprios muros brancos das casas, da igreja e da escola da comunidade. Para delinear as imagens, foi usado spray de tinta preta, pincel e rolo. O autor dessa história popular é o artista Derlon. Ele fez mais de 12 intervenções nas comunidades de Riacho do Meio, Tauá e Quixeramobim retratando o dia a dia das famílias que vivem na região. Ao usar de maneira original a iconografia regional, ele revela um pouco das questões locais, que vão da religião à conquista de terra, da família ao plantio de algodão. Outras oito pinturas em madeira feitas pelo artista e uma escultura completam o ambiente.
No Armazém Fidalgo, mais uma imagem em tamanho real reproduz outra casa do vilarejo nos corredores do shopping de Copacabana. No lugar da janela, aparece a vitrine escancarada. Fica o convite para que espiemos o que acontece dentro dessa casinha nordestina. Lá, uma linha ou cordel segura um par de tênis amarrado pelo cadarço. O calçado, todo feito em algodão orgânico produzido pela comunidade, traz também a estampa do artista.
Continuando a repercussão sobre a nossa residência artística no sertão do Ceará, a amiga jornalista Fabiana Moraes, que nos acompanhou por lá, fez uma matéria super bacana sobre nossas intervenções na comunidade.
Segue a matéria:
Márcia e Maria em uma das mais antigas casas de Riacho do Meio: na intervenção, o sonho do lar dá o mote
Fabiana Moraes/Especial para o JC
Luiz Barbosa, 89 anos, vive desde que nasceu em Choró, sertão central do Ceará. Passo curto, camisa azul celeste e chapéu, ele observa um grupo conversando em frente a um grafite. Ouvem-se comentários em português, francês, alemão e inglês, a maioria deles sobre os homens e as mulheres impressos em tinta preta pelo artista pernambucano Derlon em uma das paredes externas da Associação Comunitária dos Agricultores e Agricultoras Familiares de Riacho do Meio, distrito do município. Seu Luiz é um desses personagens: sobre a sua cabeça, vemos desenhada uma casa que simboliza um antigo sonho daquela comunidade de agricultores: ter terra para plantar e casa para morar. Foi a partir desse desejo maior que Derlon realizou uma residência artística cujo resultado foram 12 intervenções em Riacho do Meio, Tauá e Quixeramobim. Textos coletivos produzidos pelos moradores serviram de base para o trabalho que vai reverberar na exposição Ouro branco, a circular nas cidades de São Paulo, Paris, Londres, Rio de Janeiro e Recife.
“É a primeira vez que realizo um trabalho nesta proporção”, diz Derlon, que passou a última semana de março entre as três comunidades. Segundo ele, os textos realizados pelos agricultores e agricultoras foi fundamental para interpretar a vida cotidiana dali. Mais ainda: essa literatura coletiva e pessoal, passada para os esboços, foi novamente retraduzida no momento em que a vida daquela população foi levada para as paredes. “Mudei vários desenhos a partir do que as pessoas daqui iam sugerindo, comentando.” Um exemplo é exatamente o grafite que traz parte da família de Luiz Barbosa: inicialmente, Derlon pensou em registrar um caminhão, mas os moradores do distrito viram nesse desenho uma ideia de deslocamento que não condizia mais com a realidade de agora. De fato, as quatro últimas décadas são de mudanças, algumas mais céleres que outras, naquela região: as terras foram distribuídas entre os moradores depois que o dono das fazendas nos quais eles trabalharam (duramente) foi pego sonegando imposto. Naquele momento, tinham que entregar metade do que plantavam para o dono da terra. E só podiam vender a própria produção para o mesmo.
Outra mudança foi a forma de plantar: na cultura do algodão, a maior do local, o uso de agrotóxicos virou passado. Agora, todo processo é orgânico. Toda produção é comprada pela marca de tênis franco-brasileira Vert, que também adquire borracha vinda do Acre (ambos são usados na confecção dos sapatos). Entrando recentemente no mercado local, a empresa convidou Derlon para ser o fio condutor do projeto Ouro Branco, que está sendo fotografado pelo argentino Pablo Saborido e documentado pelo cineasta Gonçalo Savino. O desenho de alto contraste do pernambucano também será usado na estampa de uma coleção (tênis, mochila e outros acessórios) a ser lançada para o inverno. Lidando diretamente com associações, a empresa diminui drasticamente os intermediários, o que resulta no aumento do pagamento dos agricultores. De acordo com os criadores da empresa, Sébastien Kopp e François-Ghislain Morillion, o valor pago pela pluma de algodão foi 65% maior que o praticado no mercado ano passado (plantadores receberam R$ 7,39 pelo quilo). Setecentas famílias estão envolvidas no plantio.
Em Riacho do Meio, um dos destaques das intervenções é a igrejinha da Sagrada Família, ao lado da associação. Ali, uma Nossa Senhora das Graças, o Divino Espírito Santo e o trio formado por José, Maria e Jesus dão beleza à fachada. Há também, na casa das sementes, um belo painel onde vemos um homem deitado, a expressão feliz, segurando uma árvore que cresce em suas mãos. O resultado da intervenção – todo o processo, a relação dos moradores com as imagens, a vida cotidiana local – será visto na exposição que aportará também na capital pernambucana, quando a coleção for lançada, em maio (ainda sem data marcada). As imagens serão exibidas no jardim da loja Avesso, nas Graças.
Bom né?!
Segue o link da materia: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/artes-plasticas/noticia/2014/04/01/derlon-transforma-desejos-em-desenhos-123383.php
Gente, trago as boas novas!
Acontece é que estou num projeto super bacana. Entre os dias 22 até 31 de março, participei de uma residência artística no sertão central do Ceará, nas comunidades de Tauá, Maraquetá e principalmente Riacho do Meio, onde passei a maior parte do tempo.
A idéia era de contar, através das pinturas, a história de vida desses moradores, que são na maioria agricultores, as mudanças, conquistas e etc. Acompanhado do curador Paul Duboc e do Fotografo Pablo Saborido, trabalhamos nas pinturas em várias casas da comunidade e inclusive em uma igreja construída pelos próprios moradores.
O projeto tem a parceria com a empresa Vert, que é uma marca de tênis sustentável de Paris, com design francês mas matéria prima e fabricação 100% brasileiras, onde estou assinando uma nova coleção para o lançamento inverno 2014.
E é desses agricultores, onde produzem o algodão orgânico, que a Vert compra a sua principal matéria prima.
Então tu já fez a ligação entre as coisas, né.
A conclusão desse projeto resultará em exposições em maio nas capitais, São Paulo, Rio e Recife, e na Europa, em Paris e Londres.
Deu na impressa:
(Portal Tag It)
(Jornal do Commercio)
(Revista de Arte e Cultura)
[foto: Pablo Saborido, em Maraquetá]
Olá meu povo! Venho aqui para informar a vocês de mais um trabalho que finalizei. Acontece que agora há mais uma residência com o canto dos passarinhos, e dessa vez foi em Recife, minha cidade natal. A cliente que adquiriu a obra ficou super satisfeita, amou, recebi vários elogios da família mencionando que o resultado da pintura foi maior do que esperavam. Também fiquei muito feliz por deixar mais uma residência em harmonia com a arte dos pássaros.
O apartamento está finalizando a reforma, em breve publicarei foto junto a decoração do ambiente para terem idéia de como fica bacana. Por enquanto vai curtindo essas imagens que já dar pra ter noção da beleza que ficou a pintura.
[Os passarinhos estão bombando nas residências]
Pessoal, A Revista Wide, que é uma revista digital sobre design, tecnologia, marketing, e-commerce, tendências nacionais e internacionais, já considerada uma das revistas com maior resultado em seu segmento, acabou de publicar uma matéria sobre o meu trabalho. A entrevista, feito pelo jornalista Tiago Bosco, focou mais no assunto sobre o prédio de 10 andares que pintei na cidade de Amsterdã HOL em junho de 2012, mas que até hoje vem dando muitos resultados positivos.
Segue o link para ler a matéria, é só clicar abaixo.
“Um sertão contemporâneo, mas ainda gonzaguiano até as raízes bem-fincadas dos mandacarus, pauta a construção do espaço geográfico-afetivo do museu e centro cultural Cais do Sertão Luiz Gonzaga. Longe dos clichês do solo rachado e das casas de taipa (imagens que se eternizam na mente dos brasileiros como referências primárias, e até únicas, do Sertão nordestino), o equipamento trabalha o universo sertanejo de diversas maneiras e em suas múltiplas faces – sonora, paisagística, gestual, estrangeira, religiosa e cotidiana.
Para isso, profissionais renomados foram contratados com a missão de criar produtos tecnológicos e artísticos para o museu. Estão neste time os cineastas pernambucanos Paulo Caldas, Kleber Mendonça Filho e Camilo Cavalcante, o músico Siba, o xilogravurista J. Borges, e os artistas plásticos Derlon e Luiz Hermano.” (via Jornal do Commercio)
“Um dos mais modernos equipamentos culturais do País, o Cais do Sertão retoma a antiga profecia de Antônio Conselheiro. Em um espaço de 7.500 metros quadrados, no local do antigo Armazém 10 do Porto do Recife, arte, cultura e tecnologia se unem em um projeto inovador. Utilizando recursos expositivos e tecnológicos de última geração, o Cais do Sertão convida o visitante a vivenciar uma experiência de imersão no universo do sertão nordestino e a se surpreender com sua riqueza, diversidade e complexidade.” (via site Cais do Sertão)
Em fim, acabei de concluir a minha participação finalizando uma pintura mural de 14 metros dentro do museu. Segue as fotos do processo pelas lentes da fotógrafa Alexandra Dias.
[Em breve publicarei fotografia da obra completa, finalizada, por enquanto vai segurando a curiosidade]
Olá pessoal, agora pouco acabei de finalizar meu último trabalho de 2013, com certeza fechando da melhor forma. Trata-se de uma pintura mural na área do restaurante de um novo hotel localizado na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará. Pra quem for visitar a cidade do Padre Cícero, vale a pena ficar hospedado por lá, o Iu-á Hotel é super lindo e confortável, que além de mim, comporta diversos outros artistas principalmente locais decorando os ambientes.
O projeto de decoração, que misturou de forma super harmoniosa design moderno com arte popular, é assinado pela arquiteta Roberta Borsoi, filha da premiada arquiteta Janete Costa.
[essa foi minha homenagem ao soldadinho-do-cariri, passarinho característico da região, a fêmea, verde, e o macho, branco com detalhes vermelho e preto]
Iu-á Hotel
Rua Arnóbio Barcelar Caneca, 800, Lagoa Seca, Juazeiro do Norte CE